25 de jun. de 2009

A Visita

A Visita
Cada dia, ao meio-dia, um pobre velho entrava na Igreja,
e poucos minutos depois, saía.
Um dia, o sacristão lhe perguntou o que fazia (pois havia objetos de valor na Igreja).
Venho rezar, respondeu o velho.
Mas é estranho, disse o sacristão, que você consiga rezar tão depressa.
Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas.
Mas todo dia, ao meio-dia eu entro na Igreja e só falo: - "Oi Jesus, eu sou o Zé, vim te visitar." Num minuto, já estou de saída.
É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que Ele me ouve.
Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital e, na enfermaria, passou a exercer uma influência sobre todos: os doentes mais tristes se tornaram alegres, muitas risadas passaram a ser ouvidas. Zé, disse-lhe um dia a irmã,
os outros doentes dizem que você está sempre tão alegre....
É verdade, irmã, estou sempre tão alegre.
É por causa daquela visita que recebo todo dia. Me faz tão feliz.
A irmã ficou atônita. Já tinha notado que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia.
O Zé era um velho solitário, sem ninguém. - Que visita? - A que hora?
- Todos os dias. Respondeu Zé; com um brilho nos olhos.
Todos os dias ao meio-dia Ele vem ficar ao pé cama.
Quando olho para Ele, Ele sorri e diz: -"Oi, Zé, eu sou Jesus, eu vim te visitar".

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